A vocação para o ministério pastoral constitui tanto uma honra quanto um desafio.
Por um lado, o vocacionado é chamado a colaborar com o Reino de Deus, assumindo uma função específica no cuidado de pessoas, podendo ajudá-las em todo o seu desenvolvimento espiritual, mas por outro, precisará aprender a lidar com diversas demandas que podem representar um grande impedimento ministerial, exigindo assim, preparo e competência.
Desta forma, esse artigo visa ajudá-lo a compreender a importância do preparo teológico para o vocacionado ao ministério.
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Qual a relevância da formação teológica?
A formação teológica compõe parte importante da trajetória de um vocacionado. Mais do que um período de estudos, o aprimoramento teológico deve ser considerado uma oportunidade de qualificação para servir com maior excelência a Deus, a igreja local e a sociedade.
Como afirma o apóstolo Paulo, é necessário que o obreiro se apresente com integridade, sabendo manejar bem a Palavra da verdade (2 Tm 2.15) e tendo qualificações espirituais e morais que atestem o seu compromisso com o Senhor da obra (1 Tm 3.1-7).
Deste modo, o treinamento teológico não pode ser minimizado na formação de vocacionados que tomarão parte na missão. Tanto a igreja local quanto aspirantes ao ministério precisam estar conscientes de que um vocacionado necessita de preparo adequado para que possa cumprir plenamente o seu chamado ministerial.
Como a Formação Teológica afeta o Ministério?
Espera-se que um aspirante ao ministério tenha condições de desenvolver um ministério impactante, o qual seja:
- frutífero na evangelização,
- primoroso no discipulado,
- eficiente na administração,
- prático no aconselhamento bíblico,
- e contundente na pregação.
Porém, como alcançar tal excelência sem o devido preparo?
Robert D. Culver atesta que os 12 discípulos foram graduados na escola teológica de Jesus. Durante 3 anos, eles foram instruídos aos pés do Mestre, de tal forma que em um contexto discipular foram aprimorados para a missão.
Posteriormente, Paulo expõe que as verdades do Reino deveriam ser ensinadas a outros homens fiéis, aptos para o ensino, a fim de que estes pudessem sucessivamente ensinar a outros (2 Tm 2.2).
Tais realidades elucidam sobre a necessidade de priorizarmos a formação teológica dos vocacionados.
Não importa qual seja a área de atuação ministerial. Teologia pastoral, missiologia ou educação cristã. O vocacionado precisa ser adequadamente preparado e buscar o desenvolvimento de habilidades técnicas e pessoais que lhe possibilitarão estar cada vez mais próximo da excelência.

Formação continuada e Ministério
A formação teológica não pode ser limitada apenas aos estudos iniciais para o ministério (bacharelado).
A qualificação ministerial deve compreender toda a gama de ensino e treinamentos ao qual o vocacionado se submeterá, com o objetivo de avançar no preparo para o fiel cumprimento da missão.
Desta forma, a formação continuada desempenhará um papel vital na preparação de obreiros.
Diante dos novos desafios que o mundo impõe ao povo de Deus, o vocacionado necessitará estar pronto a ensinar a sua igreja local a desempenhar uma teologia do serviço que atenda ao seu respectivo contexto, de tal maneira, que através de uma correta interpretação da realidade em submissão a exegese bíblica, as Escrituras sejam coerentemente aplicadas e a pregação do Evangelho se torne compreensível a atual geração.
Conclusão
A capacitação ministerial demanda tempo e investimento, exigindo que se tenha uma visão de longo prazo.
A excelência no ministério não é obtida da noite para o dia. A formação de um vocacionado é uma extensa jornada que deve ser trilhada caso desejemos ter igrejas firmes e fortes no Evangelho. Uma jornada que no devido tempo redundará em frutos que abençoarão a igreja de Cristo e glorificarão a Deus.
Assim, que dediquemos atenção a está área que em hipótese alguma pode ser negligenciada. Precisamos clamar ao Senhor que envie trabalhadores para sua seara, porém, em contrapartida, devemos estar de prontidão e oferecer todo o ferramental para que estes executem o serviço para o qual foram arregimentados.
Igrejas locais e vocacionados precisam estar de mãos dadas no intuito de estarem integralmente qualificados para a obra, compreendo que um dia todos prestaremos contas ao Senhor, de quem esperamos ouvir a aprovação da fidelidade e a chamada para participarmos da alegria eterna (Mt 25.21).